quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A dinâmica do ateliê

O processo de criação raramente se inicia no espaço físico do ateliê. Os momentos criativos são mais ou menos indisciplinados e acontecem em lugares e momentos inesperados. A idéia se desenvolve em lugares “ clássicos”, como por exemplo embaixo do chuveiro, mas a realização material do trabalho acontece no ateliê. É lá que o embate entre a idéia e a matéria, mediado pela técnica, vai construindo a obra.
Nesse aspecto, ser integrante de um ateliê coletivo como o da Oficina Cultural Oswald de Andrade torna possível que o trabalho recém-realizado seja visto e comentado por pares, bem como pelos orientadores, o que muito contribui para o desenvolvimento do trabalho de cada um.
O ateliê é, em essência, um espaço mental, mas o artista necessita de um espaço físico para criar, mesmo que seja mesa, cadeira, um papel e uma caneta. Ah, e um pouco de luz.
A existência de ateliês coletivos como da Oficina Cultural Oswald de Andrade propicia recursos técnicos muito mais amplos que viabilizam a confraternização das poéticas.


Paulo Barreto

Nenhum comentário:

Postar um comentário